TURQUIA – O chefe da Igreja Católica da Turquia, Luigi Padovese, assassinado pelo seu motorista a 3 de Junho, foi “decapitado”, no âmbito de um “ritual de sacrifício muçulmano”, afirmou hoje o diretor da agência missionária de notícias AsiaNews.
Bernardo Cervellera, citando o seu correspondente na Turquia, que cita vários testemunhos, afirmou na televisão Sky TG24 que, depois de o matar, o motorista Murat Altun, de 26 anos, gritou: “Matei o grande Satanás, Allah Akbar [Deus é grande, em árabe].”
De acordo com a AsiaNews, agência do instituto pontífice das missões estrangeiras, Padovese “foi esfaqueado na sua casa [em Iskenderun], foi obrigado a sair da sua habitação para pedir ajuda” e “é provável que, uma vez chegado à rua, tenha sido decapitado”.
O porta-voz do Vaticano, o padre Frederico Lombardi, questionado pela agência de notícias religiosas i-media, disse que está à espera de “ter uma visão mais completa da situação”.
“Não confirmo o que disse a AsiaNews, ela assume as responsabilidades. Não o nego, mas não o sei”, acrescentou Lombardi.
A imprensa turca diz que o assassino tinha saído dos serviços psiquiátricos de um hospital alguns dias antes do crime. Os jornais locais avançam ainda que ele tinha afirmado à polícia que era portador de “uma revelação divina”.
As autoridades locais depressa excluíram a possibilidade de se tratar de um acto político. O advogado e a mãe do assassino confirmaram que o motorista, ao serviço do bispo há quatro anos, sofria de perturbações psicológicas.
Fonte: ADIBERJ
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